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Atividade Física na Prevenção da Demência

Casal de idosos fazendo atividades físicas na prevenção à demência ao ar livre com a orientação de jovem treinadora com elásticos de força
Tempo de leitura: 2 minutos

Atividade Física como Aliada na Prevenção da Demência, é o segundo de 4 artigos que estamos escrevendo sobre o tema, baseados em um estudo da Pubmed e outros.

A prevenção da demência é um desafio global, especialmente devido ao envelhecimento da população. Embora não haja uma cura definitiva, diversas pesquisas indicam que a prática regular de atividade física é uma das estratégias mais eficazes para reduzir o risco de declínio cognitivo e de doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer. Exercícios físicos não apenas promovem bem-estar físico, mas também têm efeitos diretos na saúde do cérebro.

A relação entre atividade física e prevenção da demência

Estudos demonstram que a prática regular de exercícios melhora a circulação sanguínea cerebral, reduz inflamações e estimula a produção de neurotrofinas, como o fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF), que desempenha um papel fundamental na neuroplasticidade e na proteção neuronal. Pesquisas da Universidade de São Paulo (USP) indicam que idosos fisicamente ativos apresentam menor incidência de comprometimento cognitivo em comparação aos sedentários.

A neuroplasticidade também é conhecida como plasticidade neural ou plasticidade cerebral. É a capacidade do cérebro de se reorganizar e se reestruturar em nível celular, se reorganizar e se adaptar a novas experiências, mudanças ambientais e danos cerebrais.

Benefícios do exercício para a saúde cognitiva

Redução do risco de Alzheimer

A atividade física está associada a uma menor formação de placas beta-amiloides, características do Alzheimer. Um estudo publicado na JAMA Neurology revelou que indivíduos que se exercitam regularmente têm um risco 40% menor de desenvolver a doença.

Melhoria da memória e aprendizado

Exercícios aeróbicos, como caminhadas e natação, estão relacionados ao aumento do volume do hipocampo, região do cérebro crucial para a memória. Isso retarda o processo natural de encolhimento cerebral que ocorre com o envelhecimento.

Controle de doenças crônicas

Hipertensão, diabetes e obesidade são fatores de risco para a demência. A prática de exercícios regula a pressão arterial, melhora a sensibilidade à insulina e reduz a inflamação sistêmica, contribuindo para um envelhecimento saudável.

Tipos de exercícios recomendados para idosos na prevenção

Exercícios aeróbicos

  • Caminhadas diárias de pelo menos 30 minutos
  • Pedalar em bicicleta ergométrica
  • Natação ou hidroginástica

Treinamento de força

  • Levantamento de pesos leves
  • Uso de faixas elásticas para resistência
  • Exercícios com o próprio peso corporal, como agachamentos

Exercícios de equilíbrio e coordenação

  • Tai chi chuan
  • Ioga
  • Pilates

Atividades cognitivamente estimulantes

  • Dança
  • Jogos e esportes que exigem tomada de decisão rápida
  • Caminhadas em trilhas ou terrenos variados para estimular o foco e a percepção espacial

Frequência e duração ideais

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda pelo menos 150 minutos de atividade física moderada por semana para idosos. Isso pode ser distribuído em sessões de 30 minutos ao longo de cinco dias, combinando diferentes tipos de exercícios.

Em linhas gerais…

A atividade física é um dos pilares da prevenção da demência. Seus efeitos positivos na circulação cerebral, neuroplasticidade (modificações, adaptações) e redução de fatores de risco fazem com que seja uma estratégia essencial para a saúde cognitiva. Para idosos e seus cuidadores, incentivar a prática de exercícios significa promover um envelhecimento ativo e com mais qualidade de vida.

Fonte: MDPI, willianrezende

Aviso Legal: Este artigo tem finalidade exclusivamente informativa e educacional, não substituindo a orientação de profissionais de saúde. Sempre consulte um médico, nutricionista ou outro especialista qualificado antes de fazer mudanças na dieta, na rotina de exercícios ou no uso de medicamentos.

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Simone escreve artigos há mais de 15 anos para seus clientes, dos quais diversos do setor Financeiro de da Saúde. Tem um podcast onde dá dicas de Marketing Digital e práticas de escrita para web. No curso de Marketing que completou no ano de 2000 em São Paulo, uma de suas especializações foi em pesquisa, o que agora lhe faculta se aprofundar nos ambientes de seus clientes e daí extrair conhecimento bem embasado. Todos seus artigos exibem suas fontes de pesquisa.

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