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Transtorno Alimentar Restritivo/Evitativo (TARE)

Mulher atrás de uma mesa diante de um prato com pequena salada segurando o garfo com uma mão e a cabeça apoiada na outra mão. A expressão de desânimo representa o sintoma de TARE
Tempo de leitura: 3 minutos

Entendendo o Transtorno Alimentar Restritivo/Evitativo (TARE): Impactos e Tratamentos

O Transtorno Alimentar Restritivo/Evitativo (TARE) é uma condição psicológica que afeta significativamente os hábitos alimentares e a relação do indivíduo com a comida.

Diferentemente de outros transtornos alimentares, como a anorexia nervosa ou a bulimia, o TARE não está relacionado à preocupação com peso ou forma corporal.

Em vez disso, caracteriza-se pela evitação ou restrição de alimentos com base em características sensoriais, experiências aversivas anteriores ou desinteresse em comer.

Principais Características do TARE

Pessoas com TARE podem evitar alimentos devido ao sabor, textura, cheiro ou cor.

Outras vezes, a experiência de engasgos, vômitos ou outras reações adversas associadas a um alimento pode desencadear o transtorno.

Isso leva a uma dieta extremamente limitada, deficiências nutricionais graves e consequências para a saúde física e mental.

Os sintomas frequentemente se manifestam na infância e, se não tratados, podem persistir na vida adulta.

Entre as complicações mais comuns estão:

  • Baixo peso,
  • Anemia,
  • Fadiga crônica,
  • Problemas gastrointestinais.

Além disso, a restrição alimentar pode prejudicar o desenvolvimento infantil, afetando o crescimento e a cognição.

Impacto Social e Psicológico

O TARE não afeta apenas o corpo, mas também a interação social e a saúde emocional. Indivíduos com esse transtorno podem evitar eventos sociais que envolvam comida, como aniversários, encontros familiares ou jantares com amigos. Esse comportamento muitas vezes resulta em isolamento social e sentimentos de vergonha ou ansiedade.

A relação tensa com a comida também pode levar a problemas emocionais, como baixa autoestima, depressão e ansiedade. O medo constante de ser julgado ou questionado sobre seus hábitos alimentares é comum, agravando o estresse e dificultando a busca por ajuda.

Diagnóstico e Critérios

O diagnóstico do TARE é baseado nos critérios estabelecidos pelo Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5). Para ser diagnosticado, o indivíduo deve apresentar:

  1. Evitação ou restrição alimentar significativa que resulte em perda de peso, deficiências nutricionais ou dependência de suplementos.
  2. Prejuízos na saúde física ou no funcionamento social.
  3. Ausência de preocupações com peso ou forma corporal.

Os médicos também realizam exames físicos e avaliações psicológicas para descartar outras condições, como alergias alimentares ou transtornos gastrointestinais.

Tratamento e Intervenções

O tratamento do TARE requer uma abordagem multidisciplinar, envolvendo nutricionistas, psicólogos, terapeutas ocupacionais e, em casos graves, médicos especialistas. As principais modalidades incluem:

  • Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC): ajuda a identificar e modificar padrões de pensamento negativos relacionados à comida, além de introduzir alimentos evitados gradualmente.
  • Educação Nutricional: ensina sobre a importância de uma dieta equilibrada e aborda deficiências nutricionais de maneira prática.
  • Treinamento Sensorial: indicado para indivíduos com aversões sensoriais, ajuda a reduzir a sensibilidade a sabores, texturas ou cheiros.
  • Suporte Psicológico: essencial para lidar com a ansiedade e o estresse associados à condição.

Em casos graves, pode ser necessário o uso de suplementos alimentares ou alimentação enteral para corrigir deficiências nutricionais.

Importância da Conscientização

O conhecimento sobre o TARE ainda é limitado em muitos contextos, e o estigma em torno de transtornos alimentares pode dificultar a busca por ajuda. Campanhas de conscientização são cruciais para educar a população, reduzir preconceitos e incentivar indivíduos a procurarem tratamento.

Em linhas gerais…

Embora desafiador, o tratamento do TARE é possível e pode transformar a qualidade de vida dos pacientes.

A chave está em reconhecer os sinais precocemente e oferecer apoio integral, levando em conta tanto os aspectos nutricionais quanto os impactos sociais e emocionais.

Um olhar empático e informado é essencial para ajudar esses indivíduos a retomarem uma relação saudável com a comida e com a vida em geral.

Se você percebe os sintomas, busque ajuda e se cuide! Se alguém próximo de você manifestar sintomas, busque ajudar…

Sabe de alguma novidade nesse assunto? Nos avise para pesquisarmos e trazermos aqui!

Obrigada!

Fonte: Estudo completo: Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences

Escrevemos outros artigos sobre saúde e aqui iremos colecionar temas que podem ser úteis e interessantes para sua vida.

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Simone escreve artigos há mais de 15 anos para seus clientes, dos quais diversos do setor Financeiro de da Saúde. Tem um podcast onde dá dicas de Marketing Digital e práticas de escrita para web. No curso de Marketing que completou no ano de 2000 em São Paulo, uma de suas especializações foi em pesquisa, o que agora lhe faculta se aprofundar nos ambientes de seus clientes e daí extrair conhecimento bem embasado. Todos seus artigos exibem suas fontes de pesquisa.

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